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O Futuro da Moda passou pela SPFW — e ele tem nome, fibra e propósito.

Por DANIELA MARX


A SPFW - São Paulo Fashion Week celebra 30 anos de história nesta 59ª edição, que aconteceu entre os dias 7 e 10 de abril. Nesta temporada, a inovação têxtil e a sustentabilidade ganham ainda mais espaço, refletindo a preocupação crescente da indústria da moda com práticas mais responsáveis. Entre os desfiles, alguns nomes se destacaram ao traduzir tecnologia e consciência em propostas autorais, explorando novas texturas, acabamentos e matérias-primas que ampliam as possibilidades narrativas do tecido na passarela.



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Leandro Castro: A Arte das Linhas e a Sustentabilidade

Estreando na SPFW, Leandro Castro apresentou a coleção "LINHA", inspirada nas obras de Wassily Kandinsky. O estilista utilizou resíduos da indústria têxtil, incluindo tecidos técnicos de uniformes e feltro de carpete, para criar peças conceituais que exploram formas e narrativas visuais. Essa abordagem não apenas destacou a estética artística, mas também reforçou o compromisso com a sustentabilidade ao reutilizar materiais descartados. 





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Dario Mittmann: Tecnologia e Humanidade em "GOLEM"

Dario Mittmann trouxe à passarela a coleção "GOLEM", explorando a interseção entre tecnologia e humanidade. Combinando elementos artesanais e tecnológicos, as peças refletiram sobre um futuro onde o biológico e o sintético se fundem. O uso de jeans ecológico, desenvolvido em parceria com a Santista Têxtil, e peças em crochê, confeccionadas com fios da Círculo, evidenciam seu compromisso com a sustentabilidade.







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ALUF: Quando o Circo encontra a Sustentabilidade com Elegância

Sob a direção criativa de Ana Luísa Fernandes, a ALUF abre o SPFW com a coleção ”MALABARES” e transforma o universo circense em poesia vestível . A coleção une referências lúdicas e nostálgicas do circo vintage a um olhar contemporâneo e refinado, resultando em peças que celebram o equilíbrio entre arte, moda e responsabilidade ambiental.

Tecidos sustentáveis ganham protagonismo, com destaque para a viscose LENZING™ ECOVERO™, fruto da parceria com a Lenzing. Produzida de forma ecologicamente responsável e certificada pelo selo europeu EU Ecolabel, essa fibra representa um futuro onde estilo e consciência caminham lado a lado.


A ALUF reafirma seu compromisso com a sustentabilidade, a cultura e a valorização do design nacional, com peças que mesclam sofisticação e conforto, a marca reforça a importância de uma moda que dialoga com as necessidades contemporâneas, sem abrir mão da identidade e da qualidade.



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A MNMAL, comandada por Flávio Gamaum, levou ao SPFW uma coleção em parceria com a Vicunha que desafia os códigos tradicionais do minimalismo, explorando novas cores, texturas e tecnologias. Com tecidos como o Pacito Regen - feito com algodão regenerativo e selo regenagri® - a marca reafirma que o jeans pode ir além do básico. As criações unem brim e denim como ponto de partida, trazendo durabilidade, conforto e expressão, em peças atemporais que resistem ao tempo, contam histórias e incentivam o consumo consciente.






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Arquitetônica, autoral e atemporal, a Reptilia levou ao SPFW uma coleção inspirada nas camadas internas da Terra, com peças que misturam alfaiataria, formas orgânicas e inovação. Conectando design minimalista a processos eco-conscientes, a marca de Heloisa Strobel apostou no corte a laser, reaproveitamento de resíduos e em tecidos estruturados da Vicunha, como o White Jeans Stretch Plus II. O resultado: um desfile sofisticado com formas que vestem o corpo como arquitetura viva.





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Por fim, a LED provocou e encantou com o desfile “Brazil Show”, mergulhando na estética nostálgica das novelas brasileiras. A coleção celebrou a diversidade com alfaiataria ampla, estampas vibrantes e muito jeans - incluindo risca-de-giz e frases impactantes. 


A SPFW N59 deixa um recado claro: o futuro da moda é construído por quem ousa inovar sem abandonar os pilares da responsabilidade. Seja com tecidos regenerativos, reuso criativo ou parcerias entre marcas e gigantes têxteis, como Vicunha e Santista, a indústria nacional demonstra que tem talento, técnica e visão para liderar uma nova era - mais consciente, sofisticada e plural.




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